Está acontecendo em nossa cidade o assalto de rosários durante 7 dias, 24 horas. Estou participando junto com os jovens e os adultos de nossa cidade e parei pra pensar e perceber como me sinto bem depois que volto da igreja, depois de 4 terços rezados.
O que antes era estranhamente estranho para mim, uma jovem de 21 anos, que sempre teve uma juventude baladeira, desde os 15 anos frequento festas e sempre saindo com seus amigos, hoje paro para perceber que nunca me senti tão bem, tão alegre como quando saio de uma oração.
Percebi que nosso mundo nos oferece tantas emoções, grandes emoções, mas que se a gente parar um segundo e buscar algum sentido vai encontrar apenas o vazio. Um imenso vazio que nos faz buscar mais e mais a todo instante, nossa vida nunca para, não temos tempo para nada e mesmo assim continuamos buscando preencher esse vazio.
Quando comecei a buscar a Deus de verdade entendi que esse vazio, é Dele, é isso que nos falta: Deus.
Nada nem ninguém consegue preencher o espaço que é do Nosso Pai porque é Dele que precisamos para aprender a viver, a sentir, a melhorar cada dia mais. Hoje me sinto extremamente feliz por ter encontrado minha resposta e preenchido meu vazio.
Que possamos levar isso adiante e fazer com que cada dia menos pessoas se sintam só, e sem sentido.
Paz e Bem.
By: Ana Claudia Longhini Gomes.
sábado, 31 de agosto de 2013
Essas muralhas, não resistirão ao poder de Deus no Terceiro Cerco de Jericó em Catanduvas.
Início domingo dia 1º de Setembro e Encerramento sábado dia 07 de Setembro.
Sete noites de oração, adoração, pregação da Palavra de Deus e derramamento do Espírito Santo.
Todas as noites a partir das 20:00HS e o encerramento as 19:00HS.
Haverá evangelização para as crianças, os pequenos também experimentarão as maravilhas de Deus.
Uma semana de bênçãos para toda família.
Terceiro Cerco de Jericó em Catanduvas, início dia 1º de Setembro, um convite da Paróquia São Sebastião e Renovação Carismática Católica de Catanduvas!!
By Adriana Ribeiro.
" Foi pela fé que desabaram as muralhas de Jericó depois de rodeadas por 7 dias." ( Hb 11,30)
No antigo testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o Jordão com todo o povo e tomasse posse da terra prometida, a cidade de Jericó era uma fortaleza inexpugnável, ao chegar junto as muralhas de Jericó Josué ergueu os olhos e viu um anjo com uma espada na mão que lhe deu ordens concretas e detalhadas.
Josué e toda Israel executaram fielmente as ordens recebidas, durante seis dias os valentes guerreiros deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia deram 7 voltas e durante a sétima volta ao som da trombeta todo povo levantou um grande clamor e pelo poder de Deus as muralhas de Jericó caíram.
domingo, 25 de agosto de 2013
O GRANDE DESAFIO DA JUVENTUDE
Conteúdo enviado pelo internauta Alan
Ribeiro Fernandes
Ser jovem nos dias de hoje é um grande desafio,
principalmente quando temos de lidar com tantas decisões difíceis e também com
nosso próprio amadurecimento, mas sem se perder dos sonhos e da personalidade.
O que mais tem sido arrancado do jovem é a sua
capacidade de sonhar, ter sua própria opinião e estilo. Se hoje a atriz da
novela usou um penteado diferente, amanhã muitas são as jovens que a imitam; se
o cantor usa um penteado para o lado tampando os olhos, muitos são os que usam
também. Suas personalidades não são mais formadas, são ditadas pela moda e pela
mídia.
A grande pergunta é: “Jovem, onde estão
os seus sonhos, o seu estilo e a sua maneira de pensar e agir?” Como não
perguntar: “Será que você é feliz seguindo um caminho predeterminado?”.
Ser jovem é se descobrir, é buscar uma direção a
seguir, amadurecer com liberdade e seguir os sonhos com coragem e liberdade. Se
no seu coração há sonhos abafados ou esquecidos, é momento de reacender a
chama, de lutar por eles. A sua vontade de ser feliz precisa ser maior do que o
seu medo de não ser aceito por ser diferente. Você precisa se libertar para ser
feliz. O meio mais eficaz é lançar-se nos braços de Deus, pois Ele é o único
capaz de libertá-lo e conduzi-lo rumo aos seus sonhos e à paz que você tanto
espera encontrar.
Imagine uma pessoa que tem o sonho de pular de
paraquedas. Ela pensa, planeja, olha para o céu, mas descobre que aquilo não
vai agradar aos seus “amigos” ou ” está fora de moda”. Então, para agradar e
não ser criticada, abafa seu sonho e não tira os pés do chão, assim como uma
águia que sonha alçar vôo, mas prefere ciscar o chão como uma galinha.
Quando um sonho é perdido, nasce uma alma infeliz
que disfarça um sorriso para esconder sua frustração de não ser livre e, assim,
ser aceita por aqueles que a rodeiam, mas que não a ama de verdade. O
verdadeiro amigo pula com você ao invés de lhe prender ao chão. Liberte-se e
seja feliz!
“Existe uma força mais poderosa do que
a energia atômica: a vontade!” (Albert
Einstein)
AlanRibeiro
Ministério Bethânia
Ministério Bethânia
domingo, 18 de agosto de 2013
Balada santa. Verdade ou mito.
“Final de semana chegando, vai
batendo aquele tédio. O que fazer? Para onde ir? Deu uma vontade de curtir uma
balada… Ai, meu Deus, espera aí, eu sou um jovem cristão e não convém curtir
uma balada qualquer! Quero um lugar com músicas sem duplo sentido, dançar sem
precisar de sensualidade, um lugar que não me ofereça drogas para ficar mais
‘bem loco’ ou mais alegre. Quero fazer amizades que me acrescentem algo bom.
Isto é possível?”
Para muitos jovens este lugar não
existe ou ainda precisa nascer, mas acredite, as baladas santas já são uma
realidade na Igreja. Cristotecas, shows de evangelização, acampamentos,
barzinhos de Jesus e outras iniciativas promovem uma diversão sadia e um
ambiente de fraternidade e oração.
A equipe do Destrave percorreu ‘a
night’ por alguns fins de semana para mostrar como são estes ambientes de
‘baladas santas’ para os jovens. Nossa primeira parada foi no evento ‘Cristo é
o Show’, realizado pela paróquia Nossa Senhora da Paz, na cidade de Ferraz de
Vasconcelos (SP). Lá, encontramos centenas de jovens se divertindo, dançando e
curtindo música eletrônica cristã. Animando a noite, um padre DJ.
“As
cristotecas não são apenas um lugar de dança e de balada, mas, antes de tudo,
um espaço para que os jovens saiam das baladas do mundo e possam encontrar um
ambiente de Igreja com Missa, adoração, pregações e testemunhos, ou seja, é um
lugar para que os jovens se encontrem com Deus”, disse padre José Antônio da Silva Coelho, mais
conhecido como padre DJ Zeton, da diocese de Santo Amaro (SP)
Um dos nomes mais conhecidos nos shows da Canção
Nova é o cantor e missionário Dunga que, por meio da música, um estilo
pop-rock, atrai milhares de jovens no Acampamentos PHN. “Eu penso que a Canção Nova não só leva
esta diversão sadia para os jovens nos acampamentos e também pela TV, rádio e
internet, mas muda o conceito do que é uma balada, na qual o jovem se diverte
sem
drogas e sem sexo”, explica o missionário.Os shows da Canção Nova reúnem vários estilos
musicais: tem rock, raggae, tecno e forró. “Eu vejo que os jovens não podem
reclamar de falta de boa diversão na Igreja. Hoje, nós apresentamos esta
realidade da noite, da balada, da verdadeira alegria nos de ritmos de forró,
rock, cristotecas. Tem espaço para todo mundo”, conta Grampulino, músico da dupla
DDD, que leva o forró católico às baladas do Brasil afora.
Nossa segunda parada foi na região de
Itaquera, zona leste da cidade de São Paulo. Na obra social Dom Bosco aconteceu
a Cristoteca, evento realizada pela Comunidade Aliança de Misericórdia,
pioneira na evangelização pelas cristotecas. “Um dos nossos padres fundadores
da comunidade, padre João Henriques, realizava uma oração de libertação de uma
jovem na Itália; nesta oração, o demônio falou que atingia os jovens pela
discoteca. Neste momento, o padre teve uma luz e disse: ‘se o mal pega os
jovens pela discoteca, nós precisamos ganhá-los pela cristoteca’”, nos contou o
padre Custódio, sacerdote da Comunidade Aliança de Misericórdia.
Está enganado quem pensa que as
cristotecas são feitas de música eletrônica e shows a noite inteira. Nossa
equipe foi testemunha dos momentos de céu neste ambiente, no qual a presença de
Deus nos atingia profundamente
por
meio das pregações e adoração ao Santíssimo Sacramento.
Neste mesmo dia, nossa repórter Andreza Moraes
acompanhou também um casal de noivos, Gabriela e Francisco, os quais se
conheceram na cristoteca da Aliança de Misericórdia e, hoje, fazem um trabalho
para conquistar os jovens, neste ambiente, por meio da dança. “Os jovens se sentem atraídos pela
dança e nós fazemos com que esta arte seja uma porta para que Deus os atinja”, disse o jovem Francisco.
Nossa terceira parada foi em casa mesmo, em
Cachoeira Paulista (SP), sede da comunidade Canção Nova, durante o Acampamento
PHN. Há 17 anos, a Comunidade Canção Nova realiza os Acampamentos de Oração,
uma das primeiras realidades de Igreja a oferecer oportunidade de uma noite
santa para os jovens católicos. Os shows sempre foram uma excelente maneira de
atingir os jovens pela música de vários ritmos durante os
acampamentos.
by: destrave.com.br
http://destrave.cancaonova.com/balada-crista/#sthash.Usl0OzCO.puf
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
sábado, 10 de agosto de 2013
Curso de Lectio Divina na diocese de Joaçaba em Sc no mês de abril de 2013
MINISTRO DO CURSO: P. Toninho,sdb
DATA: 26,27 e 28 de abril de 2013
PARTICIPANES: 100 jovens
METODOLOGIA: exposição, Power point, grupos, plenárias, individual, teatro, música, deserto, celebrações, DVD, banda musical e vigília
MATERIAL USADO: bíblia lectionautas, livro manual, bonés, velas, óleo perfumado, sal, sementes
TEXTOS BIBLICOS TRABALHADOS: “Sal da Terra e Luz do Mundo”(Mt 5, 13-16), “Batismo de Jesus” (Mt 3, 13-17), “Jovem Rico” (Mt …), “Parábola do semeador”(Mt 8, 5-8), “Emaús” (Lc 24,13ss).
TRABALHO REALIZADOS PELOS JOVENS: Criação de um facebook diocesano e paroquial, elaboração de aplicação de oficinas de Lectio Divina nas paróquias e camisetas para o grupo.
referencia: www.lectionautas.com.br
Seja uma pai a luz de Deus
O Senhor é misericordioso e compassivo, Ele é o modelo de pai que precisamos seguir. Muitas vezes, ficamos perdidos, porque ninguém é pai de muito tempo, nós sempre somos pai de primeira vez, pois os filhos são diferentes. E não é fácil ter sob nossa responsabilidade uma vida e pensar que aquele pedacinho de gente foi confiado a nós por Deus e é extremamente amado por Ele.
Deus confiou a você esse filho. E se, hoje, você não tem uma referência para poder educá-lo, existe um modelo que nunca falha e todos podem seguir: é o Senhor, porque Ele é misericordioso e compassivo.
Pai é aquele que está ao lado de seus filhos na hora da miséria e das piores fraquezas para poder levantá-lo. É assim que Deus age conosco. A paciência que Ele tem conosco, indo nos buscar longe quando estávamos revoltados e não queríamos saber d’Ele. O Senhor foi até nós e não cobrou nada, amou-nos de graça e continua nos amando do jeito que precisamos.
Se Deus age assim, você não pode perder a esperança de buscar seu filho em suas misérias. Se o Senhor não mede forças com você, então por que fazer isso com seu filho, que você tanto ama? Por que torcer para que seu filho passe pela mesma coisa que você só para compreender como é a vida?
Ter misericórdia é querer poupar a outra pessoa. Você que é pai, tem a graça de percorrer, antes de seus filhos, o caminho da dificuldade para que, quando eles vierem, você possa ensiná-los sobre as armadilhas que eles não podem cair. Hoje, peço a Deus que todos sejam pais de misericórdia.
A Palavra também diz que o Senhor é compassivo e está sempre ao nosso lado na hora do sofrimento. Muitos não tiveram a experiência de ter o pai ao lado na hora do sofrimento, por isso não conseguem dar a seus filhos o suporte necessário. Nessa hora, é preciso buscar em Deus essa compaixão, pois Ele pode nos dar essa condição.
Quando os nossos limites nos impedem de fazer o que é necessário, precisamos ultrapassá-los buscando força em Deus. O Senhor é o nosso modelo de pai, está conosco na hora da dor, carrega conosco os nossos fardos, nossas conquistas, fracassos e expectativas. E é isso que nós devemos fazer com nossos filhos.
Ser pai é um dom, uma graça dada por Deus. Você é um dom na vida de seu filho. Quando você se torna pai, o Senhor lhe dá toda graça necessária para você confortar seu filho, torná-lo firme no caminho do bem. Ser pai é uma graça e deve ser sempre motivo de alegria.
Sei que muitos passaram por experiências dolorosas ao se tornarem pais, mas não se arrependam. Seus filhos chegaram até você pelas mãos de Deus e, se a dor foi grande, maior será a alegria que o Senhor vai manifestar em sua vida por meio de seus filhos.
Não tenha medo de errar, Deus ajudará você a educá-los. Se algo der errado, não se culpe, porque nem tudo que acontece na vida de seu filho é culpa sua. Abrace a missão que o Senhor lhe deu e seja um bom pai.
Pai é aquele que ama e diz 'sim', mas também aquele que corrige e diz 'não'. Repreenda seu filho quando for preciso, mas o ame apaixonadamente. Se ele ficar chateado com algo que você fez, não se preocupe, pois um dia ele vai compreender.
Deus não espera que você compreenda tudo o que Ele faz na sua vida. Ele espera apenas que você confie n'Ele. Não exija do seu filho que ele entenda o que você faz, ajude-o a confiar em você, porque um dia ele vai entender. Faça o que é certo e aja com seu coração de pai, pense, reze antes de agir e deixe o resto nas mãos do Senhor.
Deus confiou a você esse filho. E se, hoje, você não tem uma referência para poder educá-lo, existe um modelo que nunca falha e todos podem seguir: é o Senhor, porque Ele é misericordioso e compassivo.
Pai é aquele que está ao lado de seus filhos na hora da miséria e das piores fraquezas para poder levantá-lo. É assim que Deus age conosco. A paciência que Ele tem conosco, indo nos buscar longe quando estávamos revoltados e não queríamos saber d’Ele. O Senhor foi até nós e não cobrou nada, amou-nos de graça e continua nos amando do jeito que precisamos.
Se Deus age assim, você não pode perder a esperança de buscar seu filho em suas misérias. Se o Senhor não mede forças com você, então por que fazer isso com seu filho, que você tanto ama? Por que torcer para que seu filho passe pela mesma coisa que você só para compreender como é a vida?
Ter misericórdia é querer poupar a outra pessoa. Você que é pai, tem a graça de percorrer, antes de seus filhos, o caminho da dificuldade para que, quando eles vierem, você possa ensiná-los sobre as armadilhas que eles não podem cair. Hoje, peço a Deus que todos sejam pais de misericórdia.
A Palavra também diz que o Senhor é compassivo e está sempre ao nosso lado na hora do sofrimento. Muitos não tiveram a experiência de ter o pai ao lado na hora do sofrimento, por isso não conseguem dar a seus filhos o suporte necessário. Nessa hora, é preciso buscar em Deus essa compaixão, pois Ele pode nos dar essa condição.
Quando os nossos limites nos impedem de fazer o que é necessário, precisamos ultrapassá-los buscando força em Deus. O Senhor é o nosso modelo de pai, está conosco na hora da dor, carrega conosco os nossos fardos, nossas conquistas, fracassos e expectativas. E é isso que nós devemos fazer com nossos filhos.
Ser pai é um dom, uma graça dada por Deus. Você é um dom na vida de seu filho. Quando você se torna pai, o Senhor lhe dá toda graça necessária para você confortar seu filho, torná-lo firme no caminho do bem. Ser pai é uma graça e deve ser sempre motivo de alegria.
Sei que muitos passaram por experiências dolorosas ao se tornarem pais, mas não se arrependam. Seus filhos chegaram até você pelas mãos de Deus e, se a dor foi grande, maior será a alegria que o Senhor vai manifestar em sua vida por meio de seus filhos.
Não tenha medo de errar, Deus ajudará você a educá-los. Se algo der errado, não se culpe, porque nem tudo que acontece na vida de seu filho é culpa sua. Abrace a missão que o Senhor lhe deu e seja um bom pai.
Pai é aquele que ama e diz 'sim', mas também aquele que corrige e diz 'não'. Repreenda seu filho quando for preciso, mas o ame apaixonadamente. Se ele ficar chateado com algo que você fez, não se preocupe, pois um dia ele vai compreender.
Deus não espera que você compreenda tudo o que Ele faz na sua vida. Ele espera apenas que você confie n'Ele. Não exija do seu filho que ele entenda o que você faz, ajude-o a confiar em você, porque um dia ele vai entender. Faça o que é certo e aja com seu coração de pai, pense, reze antes de agir e deixe o resto nas mãos do Senhor.
Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova
É preciso perder o medo de errar
O humilde não tem medo de errar (ref: canção nova)
Quem se reconhece e se aceita, quem é humilde, não tem medo de errar. Por quê? Porque se, depois de ponderar, prudentemente, a sua decisão, ainda cometer um erro, isso não o surpreenderá, pois sabe que é próprio da sua condição limitada. São Francisco de Sales dizia de uma forma muito expressiva: “Por que se surpreender que a miséria seja miserável?”.
Lembro-me ainda daquele dia em que subia a encosta da Perdizes, lá em São Paulo, para dar a minha primeira aula na Faculdade Paulista de Direito, da PUC (Pontifícia Universidade Católica). Ia virando e revirando as matérias, repetindo conceitos e ideias. Estava nervoso; não sabia que impressão causariam as minhas palavras naqueles alunos de rosto desconhecido. E se me fizessem alguma pergunta a qual eu não saberia responder? E se, no meio da exposição, eu esquecesse a sequência de ideias?
Entrei na sala de aula tenso, com um sorriso artificial. Comecei a falar. Estava excessivamente pendente do que dizia, nem olhava para a cara dos alunos. Falei quarenta e cinco minutos seguidos sem interrupção, sem consultar uma nota sequer.
Percebi, porém, um certo distanciamento da “turma”, um certo respeito. Um rapaz, muito comunicativo e inteligente, talvez para superar a distância criada entre o grupo e o professor, aproximou-se e me cumprimentou: “Parabéns, professor. Que memória! Não consultou, em nenhum momento, os seus apontamentos. Foi muito interessante!"
Assista também: "O Senhor está do meu lado", com padre José Augusto
Respirei, mas, desconfiado, quis saber: "Você entendeu o que eu disse?" Admirou-se com a minha pergunta; não a esperava. Sorrindo, encabulado, confessou-me: "Entendi muito pouco, e, pelo que pude observar, a 'turma' entendeu menos ainda".
A lição estava clara: "Dei a aula para mim e não para eles. Dei a aula para demonstrar que estava capacitado, mas não para ensinar”. Faltara descontração, didática, empatia; não fizera nenhuma pausa, nenhuma pergunta. Fora tudo academicamente perfeito, como um belo cadáver. Fora um fracasso.
Lembro-me também que, quando descia aquela encosta, fiz o propósito de tentar ser mais humilde, de preparar um esquema mais simples, de perder o medo de errar, esse medo que me deixara tão tenso e tão cansado; de pensar mais nos meus alunos e menos na imagem que eles pudessem fazer de mim. E se me fizessem uma pergunta a qual não soubesse responder, o que diria? Pois bem, diria a verdade, que precisava estudar a questão com mais calma e, na próxima aula, lhes responderia. Tão simples assim.
Que tranquilidade a minha ao subir a encosta no dia seguinte! E que agradecimento dos alunos ao verem a minha atitude mais solta, mais desinibida, mais simpática! Uma lição que tive de reaprender muitas vezes ao longo da minha vida de professor e de sacerdote: a simplicidade, a transparência e a espontaneidade são o melhor remédio para a tensão e a timidez e o recurso mais eficaz para que as nossas palavras e os nossos desejos de fazer o bem tenham eco.
Não olhemos as pupilas alheias como se fossem um espelho, no qual se reflete a nossa própria imagem; não estejamos pendentes da resposta que esse espelho possa dar às perguntas que a nossa vaidade formula continuamente: "O que é que você pensa de mim? Gostou da colocação que fiz?" Tudo isso é raquítico, decadente, cheira ao mofo do próprio "eu", imobiliza e retrai, inibe e tranca a espontaneidade. Percamos o medo de errar e erraremos menos.
Lembro-me ainda daquele dia em que subia a encosta da Perdizes, lá em São Paulo, para dar a minha primeira aula na Faculdade Paulista de Direito, da PUC (Pontifícia Universidade Católica). Ia virando e revirando as matérias, repetindo conceitos e ideias. Estava nervoso; não sabia que impressão causariam as minhas palavras naqueles alunos de rosto desconhecido. E se me fizessem alguma pergunta a qual eu não saberia responder? E se, no meio da exposição, eu esquecesse a sequência de ideias?
Entrei na sala de aula tenso, com um sorriso artificial. Comecei a falar. Estava excessivamente pendente do que dizia, nem olhava para a cara dos alunos. Falei quarenta e cinco minutos seguidos sem interrupção, sem consultar uma nota sequer.
Percebi, porém, um certo distanciamento da “turma”, um certo respeito. Um rapaz, muito comunicativo e inteligente, talvez para superar a distância criada entre o grupo e o professor, aproximou-se e me cumprimentou: “Parabéns, professor. Que memória! Não consultou, em nenhum momento, os seus apontamentos. Foi muito interessante!"
Assista também: "O Senhor está do meu lado", com padre José Augusto
Respirei, mas, desconfiado, quis saber: "Você entendeu o que eu disse?" Admirou-se com a minha pergunta; não a esperava. Sorrindo, encabulado, confessou-me: "Entendi muito pouco, e, pelo que pude observar, a 'turma' entendeu menos ainda".
A lição estava clara: "Dei a aula para mim e não para eles. Dei a aula para demonstrar que estava capacitado, mas não para ensinar”. Faltara descontração, didática, empatia; não fizera nenhuma pausa, nenhuma pergunta. Fora tudo academicamente perfeito, como um belo cadáver. Fora um fracasso.
Lembro-me também que, quando descia aquela encosta, fiz o propósito de tentar ser mais humilde, de preparar um esquema mais simples, de perder o medo de errar, esse medo que me deixara tão tenso e tão cansado; de pensar mais nos meus alunos e menos na imagem que eles pudessem fazer de mim. E se me fizessem uma pergunta a qual não soubesse responder, o que diria? Pois bem, diria a verdade, que precisava estudar a questão com mais calma e, na próxima aula, lhes responderia. Tão simples assim.
Que tranquilidade a minha ao subir a encosta no dia seguinte! E que agradecimento dos alunos ao verem a minha atitude mais solta, mais desinibida, mais simpática! Uma lição que tive de reaprender muitas vezes ao longo da minha vida de professor e de sacerdote: a simplicidade, a transparência e a espontaneidade são o melhor remédio para a tensão e a timidez e o recurso mais eficaz para que as nossas palavras e os nossos desejos de fazer o bem tenham eco.
Não olhemos as pupilas alheias como se fossem um espelho, no qual se reflete a nossa própria imagem; não estejamos pendentes da resposta que esse espelho possa dar às perguntas que a nossa vaidade formula continuamente: "O que é que você pensa de mim? Gostou da colocação que fiz?" Tudo isso é raquítico, decadente, cheira ao mofo do próprio "eu", imobiliza e retrai, inibe e tranca a espontaneidade. Percamos o medo de errar e erraremos menos.
Dom Rafael Llano Cifuentes
Arcebispo Emérito de Nova Friburgo (RJ)
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