terça-feira, 11 de novembro de 2014

Hoje consigo perceber com mais clareza que só consegui me sentir íntima de Deus de verdade quando desliguei o volume das outras pessoas, de todas elas, sem exceção, e deixei ser apenas nós dois...
Por mais que muitas pessoas tenham realmente boa vontade e queiram  ajudar nessa busca, é sim, um caminho solitário, alias, precisa ser solitário.
Só assim vai ser gratuito, incondicional e sincero, sem expectativas da minha parte, da forma como Deus quer, caso contrário, sempre terá um padrão a ser almejado, lugares a serem alcançados...
Mas se somente Deus nos conhece profundamente, como esperamos que nossa história se pareça com a de outrem?
Da mesma forma que levou um tempo enorme pra que feridas que eu julgava pequenas fossem cicatrizadas, levou um tempo maior ainda pra que eu aprendesse alguma coisa sobre o comportamento de Deus e a forma de aplicá-lo em minha vida, no meu dia a dia. Ainda assim, me pego a cada segundo caindo em contradição e preciso me policiar todo instante pra lembrar de tudo que já passei e aprendi.
A diferença é justamente essa particularidade nossa, não preciso mais demonstrar nada pra ninguém, não devo mais nada pra ninguém, e não espero nada em troca, por que em cada instante percebo Deus do meu lado, sua voz é sutil, mas constante e muito clara, e mesmo que demore a vida toda, e vai demorar, aprendi a esperar o tempo certo pra que as mudanças em mim aconteçam, e hoje sei que a vontade de mudar simplesmente por que é bom ficar em paz, se sentir bem, já é a atitude mais importante que tomei durante todo esse trajeto.

Ana Claudia Longhini Gomes

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