Bah esse negócio de amor verdadeiro dá uma conversa longa né. Já viu o quanto a gente fala de Amor a “torto e a direita” e as vezes a gente nem se liga no quão sério esse papo é? A gente escreve no caderno da(o) menina(o) legal da escola, fala pro amigo(a) do peito, manda por SMS, por email, por face pra namorada(o). Na mesma quantidade que a gente saliva na boca, a gente tá falando de amor. Deve ser por isso que tem muita gente se babando todo ,mas continua infeliz. Esses dias minha amiga Micaela falou um negócio que tem me incomodado há um tempo: - amor sem sofrimento é egoísmo”. Powtah.. pegou na veia essa né? Fiquei pensando: “eu admito sofrer por alguém? Se alguém me incomoda ou me irrita... continuo pacientemente amando? Ou já quero corrigir logo e tentar “ajudar” a pessoa a encontrar o caminho da conversão”. Sabe gente... as vezes somos assim: meio egoístas. Queremos “ajudar“ as pessoas a mudarem de vida ao nosso redor. Claro! Porque assim será mais fácil de amarmos... Mas quem disse que essas pessoas precisam mudar de vida realmente para nós as amarmos? Não precisam não! O amor é gratuito, e se esperamos alguma favor do amor, já é egoísmo. Esses dias falei uma coisa numa pregação que acabou me incomodando um bocado. Disse eu: - se não tenho a coragem de voltar de meias pra casa, para dar meu tênis para um irmão de rua, então é sinal que ainda não amo bastante. E se nunca pensei nisso antes deve ser porque ainda sou egoísta. Eu sou uma pessoa boa só com hora marcada. Já viu isso? Ou seja, quando o meu grupo vai no asilo fazer visita aos velhinhos, num orfanato, na pastoral da rua. Ora... se costumeiramente não me incomodo por ver um irmão de rua descalço é porque nunca olhei com verdadeiro amor pra ele. Continuo só preocupado só comigo mesmo. Ou seja, egoísmo! Afinal de contas, que tipo de amor me ensinaram? Não quero mais ser egoísta... e você? Que o verdadeiro amor seja um grito em nossa alma: AMOR! AMOR! AMOR! Aménzis?
Samir Andrade
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